terça-feira, 13 de outubro de 2009

O IDIOTA E A MOEDA - Arnaldo Jabor

> > Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se
> > divertia com o idiota da aldeia.
> >
> > Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos
> > biscates e esmolas.
> >
> > Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e
> > ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de
> > 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS.
> >
> > Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era
> > motivo de risos para todos.
> >
> > Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou
> > se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
> >
> > - Eu sei, respondeu o tolo. "Ela vale cinco vezes
> > menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira
> > acaba e não vou mais ganhar minha moeda”.
> >
> > Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.
> >
> > A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
> >
> > A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
> >
> > A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua
> > fonte de renda.
> >
> > Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que
> > podemos estar bem mesmo quando os outros não têm uma boa
> > opinião a nosso respeito.
> >
> > Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas
> > sim, quem realmente somos.
> >
> > O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota
> > diante de um idiota que banca o inteligente
> >
> > Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua
> > reputação.
> >
> > Porque sua consciência é o que você é, e sua
> > reputação é o que os outros pensam de você
. E o que os
> > outros pensam... é problema deles
."